segunda-feira, 6 de julho de 2009

Vôo real vs Vôo simulado

Saudações amigos leitores,

Estive com a esperança de fazer esse novo post de uma nova aula. Infelizmente a agenda do avião anda bem lotada e não tive sorte com o tempo. Este sábado estive no aeroporto e não pude voar por razões meteorológicas. De lascar o caninho!

Então vou aproveitar esse espaço gratuito para comentar uma de minhas grandes dúvidas ao iniciar este curso: Será que minhas muitas horas de vôo em simuladores civis e de combate iriam me ajudar no processo de aprendizado? Ou será que atrapalhariam?

A resposta para essa questão é simples: Se o piloto tiver o QI maior do que de uma ameba em estado terminal, o simulador ajuda muito. Se o incauto for extraordinariamente denso (em português claro, uma besta!) ele pode se confundir com a sensibilidade diferente, etc.

O que eu percebi foi que o avião de verdade é tremendamente mais fácil de pilotar que o do simulador. Por diversas razões: A percepção das forças aplicadas é muito maior na realidade; Quando voce olha para os lados não há lag, nem sua placa de vídeo meio fajuta o impede de ver detalhes à longa distância (se for míope pode usar lentes ou óculos); e principalmente, as coisas na realidade acontecem mais devagar e com mais suavidade que nos simuladores. Existe nesses uma espécie de compressão de tempo e espaço provocada por necessidade de performance das máquinas. Em breve chegaremos a um ponto onde a realidade poderá ser bem exibida em nossas máquinas caseiras, mas ainda não é assim.

O Flight Simulator X da MS, por exemplo, não funciona em nenhuma máquina do mercado com todos os ajustes no máximo.

Voltando à experiência com simuladores, esta ajuda em muito o aprendiz de piloto. Voce já está habituado a procurar as informações nos mostradores de bordo, já sabe o que eles significam, sabe como controlar o avião com pedais e manche, as decorrências de ganho e perda de altitude, etc...

No simulador só não tem os urubus... Equivalem aos caças inimigos no simulador de combate.

Na prática, achei o controle do avião facílimo. Muito suave e muito sensível. Me limitei a curvas de pouca inclinação, sem manobras muito bruscas ou radicais, mas mesmo assim foi bastante tranquilo. A parte mais emocionante foram as saculejadas geradas pela turbulência. Rolaram algumas que viraram o avião bastante para o lado, algo como 5 graus. Aí virei para o instrutor e perguntei: "Foi você?" - e ele: "Não, foi turbulência mesmo. Hoje tá meio agitado, normalmente não é assim. Conserta o curso e vamos em frente." - e lá íamos nós, sacolejando até o Arpoador.

A diferença maior é que na realidade olha-se mais para fora que no simulador, onde nós prestamos mais atenção nos instrumentos. Em 10 minutos nos ajustamos a isso, pois é muito mais confortável. Instrumentos só para checar o que já se percebeu no visual.

Então, pessoal, usem mesmo o simulador que vale a pena. Só tomem cuidado se usarem o excelente IL2-1946. Voces vão se habituar a ter alguns belos armamentos à sua disposição, e podem sentir falta deles, em especial com os flamenguistas voando ao seu redor.

Estou com algumas horas agendadas para esta semana, vou torcer para os céus permitirem, que aí virá post na certa!

Abraços e beijos a todos,

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